quarta-feira, 16 de março de 2011

Qual a Palheta utilizar?


Olá pessoal, hoje vou falar sobre uma dúvida de muitos cavaquinistas. Qual palheta utilizar?

A utilização da palheta depende muito da técnica individual. Assim como existem pessoas que preferem uma palheta mais mole, tem também quem prefira utilizar as mais duras, tem até quem toque com palheta de guitarra...

Eu particularmente, gosto de utilizar a palheta número 70 na execução de solos, e a 50 para acompanhamento, pois quanto menor o número mais flexibilidade e menor esforço sobre as cordas.

Logo, vejo a palheta 60 como a intermediária, e talvez a ideal para se utilizar.
Mas como eu tinha dito anteriormente, a palheta é um acessório que depende muito do gosto pessoal.

Então, faça alguns testes antes de definir qual palheta será utilizada. Na própria loja de instrumentos, você poderá fazer testes antes de adquirir. Veja qual te dá mais segurança, melhor sonoridade...

Uma dica importante:  Para que você tenha um som de qualidade em seu cavaquinho, mantenha as cordas limpas e bem cuidadas.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Verdadeira Chama ( Fundo de Quintal )

Tom: C
                              
 C
Introdução:  Em C A7 Dm G7 C A7
 C A7        Dm          G7
  E digue digue di deo oba
          C           A7
E digue digue di deo oba
          Dm          G7
E digue digue di deo oba
      C               A7
Lê,Lê,Lê,Lê,Lê,Lê,Lê,oba
      C   Em^Ebm^Dm
Quem ama, lá, laia
              G7                  C   Em^Ebm^Dm
Enobrece e alastra a verdadeira chama lá laia
                   G7               Em A7
Nunca quebra  a corrente somente encanta
Dm          G7               Em D7 Dm G7
Cantando poesia em preces de amor ô ô
       C   Em^Ebm^Dm
Quem chora la, la ia
                G7
Por seu amor perdido
            C   Em^Ebm^Dm
Não sabe a hora la, laia
              G7              Em7  A7
Que terá o sorriso de volta e implora
Dm             G7                    Gm7/9 Em5-/7
De joelho o perdão e se rende de pra dor
     F7+
Meu samba
                    D7
Tem quem ama, quem chora
              C
E um nobre enrredo
Am              Gm7/9    Em5-/7       D79
Transmito pra massa e pro mundo inteiro
Dm            G7            Gm7/9 Em5-/7
Faz pulsar a raiz em nosso coração
   F7+
O samba
                 D7                C
Que escreve a tristeza com muita  alegria
                   Gm7  A7            Dm
No seu mais lindo verso que no dia a dia
G7                               C
Faz o povo sorrir e cantar o refrão
A7         Dm          G7
E digue digue di deo oba...


OBS: Esta  música é praticamente em sequência de Dó (C) , boa para quem tá iniciando.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Mini Curso de Cavaquinho para iniciantes

INTRODUÇÃO:
Bem, a partir de agora estaremos juntos, passo a passo desenvolvendo nossas vocações, dons e habilidades musicais.
Você que ainda não toca prepare-se.
Dos princípios básicos vamos procurar tratar com muita objetividade, clareza, simplicidade e atenção aos detalhes.
Boa sorte a todos e mãos a obra.

Capítulo 1: Funções

Antes mesmo de colocar as mãos no cavaquinho, é importante saber qual sua função num meio musical.
Como um instrumento de base(acompanhamento) ou solo, o cavaco sempre está bem acompanhado pelos violões, banjos,bandolins e outros.
Nas bases, tem função de dar pegada e um certo preenchimento.


Apresentação


1-caixa acústica
2-tampo
3-casa
4-cavalete
5-boca
6-tarrachas
7-braço



As cordas estão dispostas da seguinte maneira:

4º ------ Re
3º------- Sol
2º------- Si
1º------- Re

São contadas de baixo pra cima ,assim como os outros instrumentos de corda ,deixando o cavaco afinado em sol maior.

Observações:

O canhoto para utilizar esse método e entender melhor suas figuras e posições, troque a mão direita pela esquerda e inverta a ordem das cordas assim: a primeira no lugar da Quarta, a segunda no lugar da terceira e assim por diante.A outra parte do instrumento: as mãos
Na mão esquerda usamos o polegar como apoio. Os dedos que pressionam as cordas são:

DEDO1:INDICADOR
DEDO2:ANELAR
DEDO3:MEDIO
DEDO4:MINIMO


Na mão direita segura-se a palheta com os dedos polegar e indicador.


Capítulo 2: O Estudo

Vamos começar pelo modo mais simples de entender o cavaquinho que é a numeração das casas.
É bastante simples: as cordas assumem valores decimais que se repetem a partir da nona casa; vejamos:


Apresentação

 


A Tablatura
é o conjunto de linhas que representam as cordas do instrumento onde os números indicam as casa a serem presas e zero corda solta e quando colocados na mesma direção ,deve ser tocado na forma de acorde. veja o exemplo:


-------------------------0-2-0---2-re
-----------------0--1--0---------1-si
---------0--2--0-----------------0-sol
0--2---0-------------------------2-re

OBS: com pouco mais de pratica esse esquema se torna mais fácil que o anterior, mas em nenhum dos dois é possível determinar o tempo de duração das notas. por isso veremos mais pra frente as figuras rítmicas onde a leitura e a escrita se tornem completos.




Importante
Para realizar os exercicios, é preciso afinar o cavaco para que já comece a perceber a diferença entre os sons. assim trabalhando sua percepção e memória auditiva.


Digitação
Significa colocar o dedo certo, no tempo certo e no lugar certo.
Vamos praticar o seguinte:


Mão esquerda: na tablatura


11 12 13 14
21 22 23 24
31 32 33 34
41 42 43 44
1-2-3-4----------------------------re
-------1-2-3-4---------------------si
--------------1-2-3-4--------------sol
---------------------1-2-3-4-------re



Mão direita
Vamos usar a palhetada alternada que nada mais é do que movimentos repetitivos para cima e para baixo.
Para Ter uma maior precisão na hora de tocar as cordas, apoie a mão direita(mais ou menos entre o pulso e O começo do dedo mínimo),na região do cavalete.
 
Nessa primeira parte desse nosso curso, paciência e persistência são fundamentais.

Capítulo 3: Digitação

Os exercícios a seguir também trabalham digitação e são um pouco mais complexos pois exigem mais domínio das mãos. Sua execução deve ser feita de maneira que as notas soem claramente e a ordem das palhetadas sempre alternada. A velocidade se adquire com treino e se torna desnecessária quando o objetivo é agilidade.
M.E Primeiro os impares depois os pares:
Assim => dedo impar, casa e corda impar
Dedo par, casa e corda par.

Veja:
11 - 13
22 - 24 M.D.alternada (ver capítulo II)
31 - 33
42 - 44
Na tablatura:
--1----3----------------------
----------2----4--------------
-----------------1---3--------
-----------------------2----4-

depois de memorizado o ''desenho'' da mão esquerda, você pode executá-lo em qualquer região do braço do cavaco.
M.E
-1--3--2--1--4--3--2--1----------------------------------------------------------------------
---------------------------1--3--2--1--4--3--1-----------------------------------------------
--------------------------------------------------1--3--2--1--4--3--1------------------------
-------------------------------------------------------------------------1--3--2--1--4--3--1-


M.D. Alternada
Os procedimentos para execução são os mesmos dos exercícios anteriores. Agora vamos ver uma seqüência de quatro acordes para trabalharmos ritmo(batida) e ver os resultados dos exercícios de digitação.


DICAS:
Comece a treinar com o primeiro e o ultimo acorde;
Veja se há necessidade de soltar os dedos ao invés de arrasta-los;
Treine com a mesma palhetada alternada, ficando quatro tempos para cada acorde. Assim:


O cavaquinho na música
Música: arte de expressar sentimentos através do som
Melodia: corresponde a parte solada do cavaquinho (sons sucessivos)
Ritmo: combinação de valores das notas musicais

Harmonia: ordem que se dispõem os acordes(sons simultâneos)
Intensidade: é o grau de força aplicada no instrumento
Duração: tempo que prolonga o som
Timbre: característica de cada som
Altura: diferença entre o graves e agudos
Nota: um som musical
Acorde: conjunto de três ou mais notas
Tom: unidade de medida ,um intervalo musical de dois semitons
Semitom ou 1/2 tom: menor distancia entre dois tons; na pratica é como andar de casa em casa ao longo do braço do cavaco
Intervalo: distância entre dois sons
Cifras: simbologia universal usada para escrever notas e acordes utilizando as letras do alfabeto ficando assim:

C = do
D = re
E = mi
F = fa
G = sol
A = la
B = si

Podem estar acompanhadas de:
m : menor º :diminuto 7: com sétima M ou + : maior /aumentada # :sustenido b: bemol
esses dois últimos são chamados de acidentes ; causam alterações nas notas para mais agudo ou mais grave.
Pauta ou pentagrama: conjunto de cinco linhas e quatro espaços usados para escrever musica de maneira completa.
obs: algumas pessoas utilizam o termo Pauta por existirem além das cinco linhas, as linhas suplementares superiores e inferiores.

A Origem do Samba


O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. O samba é tocado com instrumentos de percussão (tambores, surdos timbau) e acompanhados por violão e cavaquinho. Geralmente, as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as populações pobres. O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente.
As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.
O primeiro samba gravado no Brasil foi  Pelo Telefone, no ano de 1917, cantado por Bahiano. A letra deste samba foi escrita por Mauro de Almeida  e Donga .
Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do Brasil. Neste período, os principais sambistas são: Sinhô Ismael Silva  e Heitor dos Prazeres .
Na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão pelo Brasil, passam a tocar os sambas para os lares. Os grandes sambistas e compositores desta época são: Noel Rosa autor de Conversa de Botequim; Cartola de As Rosas Não Falam; Dorival Caymmi de O Que É Que a Baiana Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran Barbosa, de Trem das Onze.
Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma nova geração de sambistas. Podemos destacar: Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc.
Outros importantes sambistas de todos os tempos: Pixinguinha, Ataulfo Alves, Carmen Miranda (sucesso no Brasil e nos EUA), Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Elis Regina, Nelson Sargento, Clara Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Lamartine Babo. 
Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo
Os tipos de samba mais conhecidos e que fazem mais sucesso são os da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo. O samba baiano é influenciado pelo lundu e maxixe, com letras simples, balanço rápido e ritmo repetitivo. A lambada, por exemplo, é neste estilo, pois tem origem no maxixe.
Já o samba de roda, surgido na Bahia no século XIX, apresenta elementos culturais afro-brasileiros. Com palmas e cantos, os dançarinos dançam dentro de uma roda. O som fica por conta de um conjunto musical, que utiliza viola, atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro.
No Rio de Janeiro, o samba está ligado à vida nos morros, sendo que as letras falam da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida de uma forma amena e muitas vezes com humor.
Entre os paulistas, o samba ganha uma conotação de mistura de raças. Com influência italiana, as letras são mais elaboradas e o sotaque dos bairros de trabalhadores ganha espaço no estilo do samba de São Paulo.
Principais tipos de samba: 
Samba-enredoSurge no Rio de Janeiro durante a década de 1930. O tema está ligado ao assunto que a escola de samba escolhe para o ano do desfile. Geralmente segue temas sociais ou culturais. Ele que define toda a coreografia e cenografia utilizada no desfile da escola de samba.
Samba de partido altoCom letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais carentes. É o estilo dos grandes mestres do samba. Os compositores de partido alto mais conhecidos são:  Moreira da Silva, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.
PagodeNasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70 (década de 1970), e ganhou as rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um ritmo repetitivo e utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Espalhou-se rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e românticas. Os principais grupos são : Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra, Katinguelê, Patrulha do Samba, Pique Novo, Travessos, Art Popular.
Samba-canção
Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e românticas. Exemplo: Ai, Ioiô (1929), de Luís Peixoto.
Samba carnavalescoMarchinhas e Sambas feitas para dançar e cantar nos bailes carnavalescos. exemplos : Abre alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê, Cabeleira do Zezé, Bandeira Branca, Chiquita Bacana, Colombina, Cidade Maravilhosa entre outras.
Samba-exaltaçãoCom letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com acompanhamento de orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.
Samba de brequeEste estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários, muitos deles em tom crítico ou humorístico. Um dos mestres deste estilo é Moreira da Silva .
Samba de gafieira  Foi criado na década de 1940 e tem acompanhamento de orquestra. Rápido e muito forte na parte instrumental, é muito usado nas danças de salão.
SambalançoSurgiu nos anos 50 (década de 1950) em boates de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebeu uma grande influência do jazz.. Um dos mais significativos representantes do sambalanço é Jorge Ben Jor,  que mistura também elementos de outros estilos.
Dia Nacional do Samba
- Comemora-se em 2 de dezembro o Dia Nacional do Samba.